Eu sinto atração por um rapaz, daí eu tenho que ficar escondendo isso, eu sinto algo forte que vem da altura do umbigo até o meu pescoço, não sei dizer o que que é, eu apenas chamo isso de vontade. Se cara é feio, sem graça, mortinho ou viadão mesmo que seja enrustido e masculinizado, eu não sinto nada a não ser vontade de ficar distante.
Antes de ontem eu estava em um ponto de ônibus esperando para ir à uma praça que eu gosto, fiquei alguns minutos ali, pra quem não sabe, mesmo eu sendo uma bicha passiva eu ainda me visto como rapaz afinal as roupas de homens são mais práticas e ágeis para uma fuga; então uma gay ficou olhando para a minha direção, eu imaginei que ela estava olhando para a minha direção pois , para a visão dela, os ônibus vinham da direção onde eu me encontrava, mesmo assim aquilo me irritou, eu não gosto de pessoas estranhas me olhando pois nunca é algo bom quando isso acontece com viados como eu, então mudei de direção completamente, fiquei antes da posição da gay e mesmo assim, eu reparei que a gay safada ficava reparando e medindo o tamanho do meu pé! Afrontosa! Essa bicha safada e insolente não reparou que eu era uma “diva”, de Mulher pra Mulher, Marisa, meu amor! Xô pomba, eu quero rola!
Ai credo, senti um certo nojo daquele homossexual me olhando com cobiça e da mesma forma que eu olho para os machos quando eles são atraentes. Então eu olhei pra ela com um olhar de Meryl Streep de O diabo Veste Prada e aí ela se tocou! Ai que nojo imaginar que uma gay me queria, é tipo imaginar uma mulher daquelas com cara de puta do site Xvideo esfregando aquela buceta rugosa na minha cara, ARG!
Uma vez em 2006 eu me lembro que eu olhei assim para um motoboy que foi entregar coisas para o meu patrão, ele estava numa sala e eu estava lá, eu não resisti, o motoboy era bem tipo que eu gosto: cabelos castanhos, cara de ruim, meio sujo de poluição da moto, másculo, olhar seguro, tinha cheiro de homem, olhos claros, cabelo bem cortado, heterossexual, vestido feito motoboy mesmo, fiquei salivando de vontade de virar mulher e me apoderar daquele homem com a boca, eu não parava de olhar aquele rapaz, ele se esquivava , depois de muita insistência minha eu notei que ele ficou super nervoso, então ele revidou e começou a me olhar fixo de forma provocativa aparentando ter muita raiva de mim. Fiquei com raiva também por nunca ter alguém pra eu poder olhar livremente.
A atração é um inferno na minha vida homossexual pois eu só consigo gostar daquele tipo de homem que gosta de gritar quando o seu time de futebol ganha. Eu só consigo gostar daquele tipo de homem que é perigoso, machista, mulherengo, atraente e eleitor de Bolsonaro, e unanimemente o tipo que reuni todas essas características de personalidade é o homem heterossexual. Eu tenho tara quando eu vejo um homem assim no cio tentando comer uma mulher vagabunda a qualquer custo, isso me excita e ao mesmo tempo me entristece, me entristece pois eu sei que um cara assim nunca vai querer me comer quanto mais lutar por mim, só em sonho mesmo!
Uma vez eu senti uma atração muito forte e perigosa envolvendo vários heterossexuais perigosos: eu morava em uma casa que a garagem dava direto para a rua, a garagem era um vão escuro grande que também poderia ser acessada pelo meu quarto através de uma escada secreta e outra escada comum. Essa garagem ficava escura a noite e sua porta que dava para a rua era forte porem com alguns pequenos furos que permitiam ver quem passava na rua. Então de madrugada, nas raras vezes que não tinha ninguém em casa, eu ia para a porta da garagem escura ver os homens que passavam pela rua e as vezes para o MEU DELEITE de viado virgem vitalício, UM MONTE de caras de torcidas uniformizadas como a Mancha Verde e Independente, passavam exatamente em frente à minha casa, aqueles homens heterossexuais, vivos, loucos e animados, todos passando ali e não PARAVA POR AÍ: quando eu estava agachado olhando todos pelo buraco da porta da garagem eles cismavam de pararem ali e começavam cheios de brincadeirinhas a mijar na porta praticamente na minha cara, eu via o pênis de todos bem perto de MIM, eu me excitava 1000000000%: pra mim que nunca vi um pinto pessoalmente na vida aquilo era o máximo: eles não eram aqueles gays chatos com cara de sapatona inchada, nem eram bissexuais, nem eram aquelas mulheres com aqueles peitos moles nojentos, eles eram machos bem extravagantes, uniformizados, heterossexuais legítimos, vestidos como homens ali todos mijando ao mesmo tempo no portão em que eu me escondia para vê-los, eu tentava me masturbar rapidamente e várias vezes, era super excitante ver tanta testosterona legítima em frente a mim e todos eram alegres, safados e maliciosos, eu adoro caras assim! Agora imaginem só se eles me descobrissem? Certamente eu seria morto!
Nossa! Quando eles esbarravam no portão então, eu sentia aquelas batidas no meu corpo, eu já imaginava eles todos em cima de mim! Se eu fosse mulher, eu abriria a porta e convidaria todos pra minha cama. Como eu me amaldiçoou por não ser mulher e ter perdido essa oportunidade mágica!
A atração sexual sempre me levou para o buraco, afinal os homens que eu quero, embora os outros gays não entendam isso, são sempre homens que gostam de mulher, eles tem uma vida nos olhos que os homens gays não tem. Os homens gays parecem imitações baratas de um produto que presta. Ninguém se sente feliz em ser obrigado a pegar uma imitação quando sabe que é imitação.
Na minha escola (Brasilio Machado da Vila Mariana) tinha um rapaz muitíssimo atraente chamado Bruno , ele era castanho, tinha olhos castanhos claros, era machista e homofóbico ao extremo, ele se envolvia com coisas erradas e vira e mexe abusava do uso de maconha. Quando ele usava maconha eu gostava pois ele mudava, parecia que homofobia e o ódio dele sumiam, ele ficava mais aberto, simpático e sexy, mesmo a maconha tendo feito o cara ficar mais calmo ele não deixava de ter um lado masculino forte , essa masculinidade alinhada com a simpatia provocada pela maconha o deixava irresistível. Bruno era o menino da minha sala pelo qual eu mais me masturbava em casa, ainda por cima ele vinha sempre pra escola usando bermudas e exibindo aquelas pernas peludas.
Bruno quando não usava maconha estava sempre com a cara feia e com olhar ameaçador.
Eu me lembro que mesmo Bruno sendo um cara muito perigoso, eu ele não nos dávamos, ele implicava comigo por eu ser homossexual assumido, teve uma vez que Bruno ficou com tanto ódio de mim que eu estava sentado à carteira da minha sala de aula aguardando o professor e ele veio em frente a mim, quase com o zipper da bermuda roçando na minha cara e começou a folear uma revista Playboy, aí ele me perguntou de forma provocativa:
— É verdade que você não gosta disso? (mulheres peladas na revista)
Eu disse que sim! Bruno insistiu:
— Então mesmo é verdade que você não gosta disso? (mulheres peladas da playboy, ele me apontava)
Eu disse firmemente e de forma provocativa que eu não gostava de mulher.
Então ele ficou fazendo o tipinho de hétero adolescente revoltadinho e começou a apontar pro pau dele dentro da bermuda na minha frente , perguntando:
— Então o é disso que você gosta? É isso?
Eu dentro de mim estava amando e adorando aquilo, afinal era daquilo que eu gostava mesmo, porem eu fiquei com medo de falar que era do pau dele que eu gostava mesmo. Então outras pessoas percebendo que Bruno estava ficando exaltado começaram a apartar uma provável briga que aconteceria e então puxaram Bruno para trás o separando de mim. Eu ainda estava sentado e Bruno em pé, se eu fosse uma mulher, a posição estava perfeita para um boquete. Bruno apontando para a direção do pau dele dentro da sua bermuda e me perguntando se era daquilo que eu gostava me deixou tão erotizado que se ele soubesse ele não teria feito aquilo, esse ato agressivo dele me rendeu tantas fantasias eróticas, eu perdi o número de vezes que eu me masturbei pensando naquilo. O pior é que Bruno alem de tudo tinha o cheiro de homem que eu não sei explicar, é tipo um cheiro de roupa seca ao sol com um pouco de suor. O cara pensava que estava me agredindo e eu estava me segurando para não rasgar a bermuda dele e chupá-lo selvagemente na frente de todo mundo, chupá-lo com a fome de quem nunca viu um homem na vida como é o meu caso. Bruno era muito perigoso mas a minha atração não o respeitava. Nesse dia outras pessoas da escola meio barra pesada também, incluindo um bissexual e uma menina sapatona, ficaram ao meu favor e colocaram a escola toda contra Bruno, o povo estava querendo linchar Bruno pois muita gente ali o achava arrogante e aquilo que ele fez comigo foi a gota d’agua para o pegarem de jeito. Então o pessoal da escola me perguntou se eu queria ver Bruno apanhar, ele estava rodeado de pessoas prontas para lhe baterem, eu disse que não precisava disso.
Depois Bruno veio até a mim quando eu estava sozinho na sala de aula, ele veio se desculpar, colocou as mãos em meus ombros e me pediu desculpas, falou que se precisasse eu poderia te-lo como amigo. Eu achei muito gostoso Bruno por a mão em mim e ainda me tratar bem, eu queria mesmo é fazer sexo selvagem com ele, dar meu rabo pra ele até enjoar, eu queria fazer felação nele até o dia escurecer mas infelizmente eu tive que me contentar com tapinhas na costa.
Hoje em dia, quando eu vejo um homem atraente por aí, eu fico deprimido, com água na boca, baixo a cabeça e saio correndo, afinal homem atraente heterossexual só dá confiança pra homossexual quando ele é um sociopata ou quando está interessado em dinheiro, favores profissionais ou mulheres que você serve pra elas como ponte.
Um homem heterossexual se não nos olha com essas intenções, então ele quer mesmo nos bater, nos matar ou sente nojo. É por isso que eu fico triste quando eu vejo um rapaz que me dá vontade de ser afetuoso ou quando esse rapaz me causa muita atração sexual, eu sei que é sempre a mesma desgraça: atração que leva à violência.
É por isso que nós gays somos condenados a sermos motivos de piada para divertir os outros, afinal nós reprimimos os nossos instintos para agradarmos a sociedade e tudo acaba extravasando para o gracejo e a vontade de se aparecer, então criamos musiquinhas como essa para divertir o povo:
Quando ela chega todos param para ver
É as travesti botando pra mexer
Quando ela chega todo mundo quer olhar
É as travesti que chegou para roubar.
Quando ela chega todos param para ver
É as travesti botando pra mexer
Quando ela chega todo mundo quer olhar
É as travesti que chegou para roubar.
“A” Vocês vão ter que me aturar
“É” Eu sou quase uma mulher
“I” Vocês vão ter que me engulir
“Ó” Eu sou a Vitória a melhor
“A” Vocês vão ter que me aturar
“É” Eu sou quase uma mulher
“I” Vocês vão ter que me engulir
“Ó” Eu sou a Vitória a melhor
Eu gosto da cor azul
Eu gosto da cor azul
Eu gosto da cor azul
Eu gosto da cor azul
Eu quero mandar um recado para todas as minhas amigas de Boa Viagem
Minhas colegas, parceiras de assalto
A Sandy, A Gleici, A Boladona, A Tainá e a Érica
A Sandy, A Gleici, A Boladona, A Tainá e a Érica
“A” Vocês vão ter que me aturar
“É” Eu sou quase uma mulher
“I” Vocês vão ter que me engulir
“Ó” Eu sou a Vitória a melhor
“A” Vocês vão ter que me aturar
“É” Eu sou quase uma mulher
“I” Vocês vão ter que me engulir
“Ó” Eu sou a Vitória a melhor
“U”!
Eu gosto da cor azul
Eu gosto da cor azul
Eu gosto da cor azul
Eu gosto da cor azul
Um, dois, três e
As travesti chegou e te convida pra roubar
Uma rouba a carteira outra pega o celular
As travesti chegou e te convida pra roubar
Uma rouba a carteira outra pega o celular
E As travesti chegou e te convida pra roubar
Uma rouba a carteira outra pega o celular
As travesti chegou e te convida pra roubar
Uma rouba a carteira outra pega o celular
Quando ela chega todos param para ver
É as travesti botando pra mexer
Quando ela chega todo mundo quer olhar
É as travesti que chegou para roubar.
Quando ela chega todos param para ver
É as travesti botando pra mexer
Quando ela chega todo mundo quer olhar
É as travesti que chegou para roubar.
“A” Vocês vão ter que me aturar
“É” Eu sou quase uma mulher
“I” Vocês vão ter que me engulir
“Ó” Eu sou a Vitória a melhor
“A” Vocês vão ter que me aturar
“É” Eu sou quase uma mulher
“I” Vocês vão ter que me engulir
“Ó” Eu sou a Vitória a melhor
Fala chiclete, Fala chiclete, chiclete , chiclete, chiclete, chiclete
Gostei muito do artigo. Passo exatamente pela mesma situação, e é tão frustrante saber que sua atração nunca será correspondida e ter que viver de fantasias criadas pela sua mente!
É um grande paradoxo, só consigo gostar de um homem se ele for heterossexual e, por lógica, que não gostará de mim.
Ao mesmo tempo não quero ser mulher, estou feliz com o meu corpo.
Odeio ser gay.